ATIVIDADES / 8º ANO / 2º TRIMESTRE

ESTADO LAICO

CONCEITO:

Um Estado é considerado laico quando promove oficialmente a separação entre Estado e religião.

A partir da ideia de laicidade, o Estado não permitiria a interferência de correntes religiosas em assuntos estatais, nem privilegiaria uma ou algumas religiões sobre as demais. O Estado laico trata todos os seus cidadãos igualmente, independentemente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião.

O Estado também deve garantir e proteger a liberdade religiosa de cada cidadão, evitando que grupos religiosos exerçam interferência em questões políticas. Por outro lado, isso não significa dizer que o Estado é ateu, ou agnóstico. A descrença religiosa é tratada da mesma forma que os diversos tipos de crença.

POSIÇÕES DO ESTADO EM RELAÇÃO À RELIGIÃO

Apesar de a laicidade ser adotada em diversos países mundo afora (alguns exemplos são Estados Unidos, Japão, Canadá, Áustria e África do Sul), ainda existem outras formas de relação entre Estado e religião. Abaixo, relacionamos algumas delas:

Estado confessional:

O Estado confessional é aquele que adota oficialmente uma ou mais religiões. Existe influência religiosa nas decisões do Estado, mas o poder secular predomina. São exemplos de Estados confessionais:

  • Reino Unido: a Inglaterra, maior nação do país, adota o cristianismo anglicano como religião oficial. Bispos anglicanos têm direito a 26 vagas na Câmara dos Lordes (equivalente ao nosso Senado). Na prática, é o primeiro-ministro e a Câmara dos Comuns que concentram o poder político;

  • Dinamarca: o Estado dinamarquês adota o cristianismo luterano como sua religião. Na prática, há ampla liberdade religiosa no país, onde vivem muitos imigrantes muçulmanos;

  • Butão: a constituição do país estabelece o budismo tibetano como religião oficial. Essa nação asiática garante liberdade religiosa, mas tem colocado limites a práticas de outras religiões (como atividades missionárias e construção de templos);

  • Arábia Saudita (islamismo): adota oficialmente o Islã e proíbe a prática de qualquer outra religião. Todos os cidadãos sauditas devem professar a fé islâmica, sob pena de serem executados pelo crime de apostasia.

Estado teocrático:

Nas teocracias, as decisões políticas e jurídicas passam pelas regras da religião oficial adotada. Em países teocráticos, a religião pode exercer o poder político de forma direta, quando membros do próprio clero têm cargos públicos, ou de forma indireta, quando as decisões dos governantes e juízes (não religiosos) são controladas pelo clero.

Exemplos de Estados teocráticos são: o Irã, que adota o islamismo como religião oficial e possui um aiatolá como chefe de Estado; e o Vaticano, o país-sede da Igreja Católica, cujo chefe de Estado é o próprio papa.

Estado ateu: Um Estado ateu é caracterizado pela proibição ou perseguição a práticas religiosas. O Estado não apenas se separa da religião, mas a combate. Exemplos de ateísmo de Estado podem ser encontrados em experiências socialistas ou comunistas do século XX: União Soviética (URSS), Cuba, China, Coreia do Norte, Camboja, entre outros. Hoje em dia, parte desses países adota a liberdade religiosa e o secularismo: a Rússia é um país laico; a China garante a liberdade de crença, apesar de permitir apenas um conjunto de religiões registradas; e a Coreia do Norte também permite oficialmente a liberdade religiosa, apesar de que cerca de 64% da população norte-coreana não professa nenhuma religião, segundo David Alton.


EXERCÍCIO AVALIATIVO:

MARQUE (V) OU (F) NAS ALTERNATIVAS ABAIXO:

A-(  ) Estado laico permite a interferência de correntes religiosas em assuntos estatais. 

B-(  ) Estado ateu é caracterizado pela proibição ou perseguição a práticas religiosas. 

C-(  ) No Estado confessional existe influência religiosa nas decisões. 

D-(  ) Estado laico é o mesmo que Estado ateu.

E-(  ) Qualquer religião pode construir templos no Butão. 

F-(  ) O Brasil não é exemplo de Estado Teocrático. 

G-(  ) Dinamarca e Inglaterra são Estados confessionais.

TOSZESRIS: INROTLIRAVIS/A-D-E/OSRÌE/OTTIDIS



E O BRASIL?

Supremo Tribunal Federal ostenta um crucifixo, símbolo religioso católico. Foto: STF.

O Brasil é o maior país católico do mundo, com uma estimativa de 127 milhões de fiéis, o que equivale a 65% da população do país e aproximadamente 12% dos católicos no mundo (dados de 2013 do IBGE). Mesmo com maioria católica, o país é oficialmente um Estado laico, ou seja,adota uma posição neutra no campo religioso, busca a imparcialidade nesses assuntos e não apoiando, nem discrimina nenhuma religião.

Apesar de citar Deus no preâmbulo, a Constituição Federal afirma no artigo 19, inciso I:

"É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público."

Esse trecho de nossa Constituição determina, portanto, que o Estado brasileiro não pode se manifestar religiosamente. Também vale notar que o artigo 5º, inciso VI também diz:

"É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;"

Dessa forma, a liberdade religiosa na vida privada está completamente mantida, desde que devidamente separada do Estado.

Em 2012, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello fez afirmações nesse sentido em sua decisão sobre o aborto de anencéfalos. Ele afirmou que "os dogmas de fé não podem determinar o conteúdo dos atos estatais." Também sustentou que: "as concepções morais religiosas — unânimes, majoritárias ou minoritárias — não podem guiar as decisões de Estado, devendo, portanto, se limitar às esferas privadas."

https://www.politize.com.br/estado-laico-o-que-e/

VÍDEO: ESTADO LAICO: O que é?

O que é o ESTADO LAICO? (Em 2 minutos)

VÍDEO: O Que é ESTADO LAICO?

PARA DEBATE E REFLEXÃO, ASSISTA O VÍDEO: LAICO

Convicção

Convicção é a ação de convencer, isto é, ter uma ideia ou opinião sobre algo de modo obstinado, crendo absolutamente naquilo que acredita e transmitindo isso para as outras pessoas.

Ter convicção é o mesmo que ter a firme certeza sobre algo em que acredita, sendo esta segurança oriunda a partir de motivos ou provas de natureza particular.

A partir desta acepção, a palavra convicção ainda pode estar relacionada com aquilo que é considerado um padrão de perfeição, ou seja, as ideias, crenças e princípios básicos que norteiam a vida de alguém.

Exemplo: "Meu pai nunca deixou de defender as suas convicções".

Uma pessoa que age com convicção é aquela que, aparentemente, sabe perfeitamente o que está fazendo, não levantando suspeitas ou inseguranças sobre a sua capacidade de lidar com determinada coisa.

No âmbito religioso, a convicção pode ser entendida como sinônimo de fé, visto que a pessoa convicta em Deus, por exemplo, é aquela que tem plena certeza da sua existência.

A origem da palavra "convicção" está no latim convictio, que significa "prova" ou "refutação". Este termo, por sua vez, deriva de convincere, que quer dizer "vencer" ou "superar decisivamente".

https://www.significados.com.br/conviccao/

EXERCÍCIO AVALIATIVO: 

Marque (V) ou (F) nas alternativas abaixo: 

A-(  ) Convicção pode ser sinônimo de fé. 

B-(  ) Convicção é firme certeza. 

C-(  ) Convicção está relacionada a um padrão de perfeição. 

D-(  ) Convicção tem origem no grego.


TOSZESRIS/OTTIDIS:D

Crenças limitantes: O que são, Como Identificar e Consequências

O que é uma crença?

Identificar e mudar as crenças limitantes só é possível se você sabe o que é uma crença, sua origem e como ela opera. Elas são mais que ideias, funcionam como programas internos.

Crenças são ideias generalizadas sobre um tema, que organizam nossa percepção e definem nosso comportamento sobre este tema com a função de nos adaptar. Além disso, elas também definem como avaliamos os resultados e comportamentos que temos sobre o tema. Obviamente, a crença também vai afetar tudo o que está relacionado ao tema, com isso, se torna complexa. Esses temas podem ser amplos como "eu", "mundo", "pessoas", ou específicos: "competências" ou "situações".

Sentimos as crenças como se fossem "a verdade", porque quando as formamos, elas possuem valor de sobrevivência, por este motivo é difícil mudar uma crença, mesmo que seja limitante.

Portanto, a crença é identificada através de sua função e não de seu conteúdo. A crença não deve ser identificada pelo que a pessoa diz, mas sim, pelo efeito que tem nela. Esta é a diferença entre o discurso e a crença, o primeiro é algo que a pessoa diz, o segundo organiza o que ela faz e sente. Logo, uma pessoa pode ter um discurso sobre um tema, mas agir a partir de uma crença que é completamente diferente do discurso. 

RESPONDA: 

1) O que são crenças? 

2) Por que sentimos as crenças como se fossem a verdade? 

3) A crença é identificada através de sua...





Quando a crença se torna limitante?

Por definição, toda crença é limitante, pois é uma ideia generalizada sobre algo, logo ela limita nossa percepção do mundo. Porém quando essa ideia generalizada ajuda a pessoa a se organizar no mundo, ela é útil. A partir do momento em que essa ideia atrapalha a adaptação da pessoa, se torna problemática. E quando a pessoa percebe essa dificuldade e, mesmo assim, percebe dificuldade em mudar sua crença, ela se torna limitante.

Em outras palavras, crenças limitante são crenças rígidas demais para sofrer atualizações úteis e necessárias ao longo da vida da pessoa, atrapalhando sua adaptação ao mundo.

Crenças definem algo: "Eu sou inferior", determinam regras de conduta: "se eu confrontar as pessoas, serei excluído" e avaliam: "isso é bom". No desenvolvimento saudável, aprendemos crenças que nos adaptam ela ao meio familiar. Quando crescemos, atualizamos as crenças a partir de nossa experiência. Se isso não ocorre a crença limita nosso desenvolvimento.

Uma crença como "sou inferior" pode surgir em uma família superprotetora e, para se adaptar ao estilo de vida da família, a criança fica com este registro sobre si. Ao se desenvolver, a pessoa adquire competências (deixando de "ser inferior"). Porém, ao perceber a competência, a pessoa pode sentir medo ao invés de orgulho, pois ela crê que é inferior e a experiência de competência confronta sua crença. Com isso a pessoa pode negar sua competência, diminuí-la ou usá-la de forma inadequada como forma de expressar a crença.

Consequências das crenças limitantes

Este drama cria uma diferença entre o mundo percebido e a realidade interna. Essa diferença é comum na experiência humana, porém, quando a crença é limitante, a pessoa não se permite atualizar a realidade interna a partir daquilo que vê no mundo. Logo esta diferença se expressa na forma de um conflito.

Como a crença possui valor de sobrevivência, a tendência é que ela "vença" o conflito. Isso faz com que a pessoa crie comportamentos desadaptativos* em relação ao mundo e isso gera sofrimento. Porém, este sofrimento é "validado" pela própria crença.

*


O comportamento desadaptativo pode ser encontrado na vida de todos nós de alguma forma. Por exemplo, crianças podem ter crises de raiva, adultos podem demonstrar agressividade ou arremessar objetos quando estão nervosos e chefes podem reagir de forma agressiva quando enfrentam um dia difícil.

Embora esses comportamentos nem sempre sejam saudáveis ou eficazes, eles podem ser usados como mecanismos de enfrentamento comuns para pessoas de todas as idades.


No caso acima: a pessoa se define como inferior e entende que não deve se envolver em conflitos por causa disso. Se ela for competente para vencer um conflito (uma discussão acadêmica, por exemplo) e não usar essa competência e perder o conflito, irá sofrer (ficará triste, lamuriosa). Ao mesmo tempo a crença será alimentada: "viu, você não dá conta nem sequer de falar o que estudou, você é mesmo inferior. Não se meta mais nessas confusões". Este comportamento de afastamento de novas situações é, inclusive, uma dos mais comuns em relação às crenças limitantes e alimenta o ciclo de fortalecimento da crença.

Quando esta dinâmica é rígida temos os transtornos mentais como depressão. Quando ela é muito rígida, envolve várias áreas da vida da pessoa e sua identidade é possível desenvolver um transtorno de personalidade.

Como identificar crenças e crenças limitantes

As crenças possuem uma origem: adaptação à vida familiar, definem o mundo para nós e criam regras de comportamento e avaliação desse comportamento. É fundamental ter isso em mente para não se confundir com os discursos que a pessoa pode ter.

Identificamos a crença quando unimos todos esses pontos. Quando o pensamento e comportamento estão conectados à uma regra que os define, quando esta regra está ligada a uma definição mais ampla (de "eu" ou de "mundo", por exemplo) e quando isto está conectado às experiências familiares que geram o contexto no qual a crença foi gerada.

A crença também se mostra forte e generalizada, ou seja, uma vez identificada é possível de verificar a existência da mesma lógica em vários outros comportamentos da pessoa e em outras áreas de vida.

Outro fator importante é a dificuldade em mudar o pensamento ou o quão real ele parece para a pessoa. Crenças não são fáceis de serem mudadas e parecem "a verdade", logo se um pensamento é fácil de ser substituído não deve ser uma crença.

Como crenças falam sobre significados, a forma de percebê-las é indagando sobre o que algo significa para a pessoa. Também é importante verificar relações entre comportamento e o significado, pois a crença cria regras de conduta: "falhar na discussão me mostrou que sou inferior (significado), se eu falho em algo (relação) é porque não deve ser a coisa certa para mim (conclusão) não é?".

https://iptc.net.br/crencas-limitantes/


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